sexta-feira, 3 de maio de 2024

DJALMA DIAS: MAIS UM CRAQUE DA ACADEMIA DO PALMEIRAS

 


DJALMA Pereira DIAS nasceu na capital carioca em 21 de agosto de 1939. Zagueiro esguio, técnico, raramente apelava para as faltas. Não precisava dar pontapés para roubar a bola e sair jogando. Foi um jogador muito clássico, que marcou época no Brasil. Está entre os grandes zagueiros do nosso futebol.


Djalma Dias é o pai de Djalminha, revelado pelo Flamengo e com passagem de destaque no Palmeiras. Curiosamente, não teve chance de ver seu filho com a camisa da Seleção Brasileira, pois quando faleceu, o garoto estava galgando seu espaço no time rubro-negro.


Foi titular incontestável da Academia do Palmeiras dos anos 60. Atuou no América (campeão carioca em 1960), Palmeiras – 239 jogos e 2 gols (campeão paulista em 1963 e 66, e do Rio-São Paulo em 1965), Atlético Mineiro, Santos (campeão paulista em 1969) e Botafogo (RJ). A sua passagem pela Seleção foi marcada por 21 jogos, sendo 17 oficiais. Não disputou nenhuma Copa do Mundo, e isso reforça a grande concorrência de jogadores de alto nível nos anos 60.


Morreu ainda novo, de forma repentina, em 1º de maio de 1990, aos 50 anos, no Rio de Janeiro, vítima de um aneurisma cerebral.

 

quarta-feira, 1 de maio de 2024

PAULO AMARAL: AQUELE QUE REVOLUCIONOU A PREPARAÇÃO FÍSICA NO FUTEBOL BRASILEIRO

 


Paulo Amaral nasceu no Rio de Janeiro em 18 de outubro de 1923. Começou no futebol como zagueiro reserva do Flamengo, entre 1943 e março de 1946, após chegar em 1939 para o juvenil. Foi reserva de Biguá e Bria, atuando em 18 jogos e marcando um gol. De acordo com suas próprias palavras em uma reportagem da Revista do Esporte, de 1962, foi “um jogador medíocre”. Depois foi para o Botafogo, onde ficou de 1946 a março de 1948, quando pendurou as chuteiras. Formou-se em Educação Física e também tirou o diploma para Técnico de Futebol.

 

Foi o primeiro preparador físico específico da seleção brasileira e bicampeão do mundo em 1958 e 1962. Além da seleção, passou a maior parte da sua vida profissional no Botafogo, tanto como preparador físico quanto como técnico. É considerado por muitos o responsável pela revolução em termos de preparação física no Brasil. Foi a partir do destaque de Amaral que os times brasileiros começaram a ter profissionais específicos para a função de preparador físico, que, antes dele, era sempre improvisada.

 

Além de ser técnico do Botafogo em sua fase áurea, dirigiu times de ponta do futebol europeu, como Juventus e Genoa, ambos da Itália, além do Porto, de Portugal. No Brasil, além do Botafogo, comandou também o Vasco, Corinthians, Atlético Mineiro, Bahia (campeão baiano em 1967), Fluminense (campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, em 1970), América (RJ), Remo e Guarani. Em 1978, ainda teve uma rápida passagem por um time árabe, o Al-Hilal. Ficou marcado pela rígida disciplina que exigia de seus jogadores: “Sou exigente com os jogodores, porque eu e eles somos empregados do clube. Temos uma missão a cumprir: aquela que nos é confiada pela direção do clube e pela sua torcida e que nada tem a ver com nossos problemas pessoais”.

 

Com a cabeça sempre raspada à navalha, quase dois metros de altura e pesando próximo de cem quilos, Paulo Amaral tinha um gênio complicado e vivia às turras com os jornalistas que cobriam as equipes que treinava.

 

Morreu aos 84 anos, vítima de um câncer, na capital carioca, em 1º de maio de 2008.  

 

 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

RONDINELLI: O "DEUS DA RAÇA"

 


Antônio José RONDINELLI Tobias é paulista de São José do Rio Pardo, onde nasceu em 26 de abril de 1955. Rondinelli foi um zagueiro de boa colocação, aplicado, forte liderança e muito vibrante em campo. Possuía uma raça acima da média, tanto que foi apelidado pela torcida do Flamengo de “Deus da Raça”. Teve uma passagem de destaque pelo rubro-negro (chegou para as categorias de base em 1971), e do qual se tornaria ídolo anos depois, precisamente em 1978, quando marcou – de cabeça e no final do jogo – o gol do título carioca sobre o Vasco.




Essa conquista abriu as portas do sucesso para a chamada “geração Zico”, que brilhou até a primeira metade dos anos 80. Talvez se tivesse perdido novamente o título para o Vasco, como já havia ocorrido em 1977, o grupo fosse desfeito e a história seguinte seria diferente.


Jogou no Flamengo – 407 jogos e 12 gols (campeão carioca em 1974/78/79/79-especial e 81, do brasileiro em 1980, e da Taça Libertadores em 1981), Corinthians – 12 jogos, Vasco – 40 jogos e 3 gols (campeão carioca em 1982), Atlético Paranaense, Goiás e Goiânia.




Encerrou a carreira novo, aos 33 anos, devido a problemas crônicos em seu joelho. Esse foi um dos motivos do baixo rendimento de sua passagem por Corinthians e Vasco. Pela Seleção, apenas 3 jogos, nenhum oficial.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

PAGÃO: O PRIMEIRO GRANDE PARCEIRO DO REI PELÉ

 


      PAGÃO, PELÉ E PEPE

Paulo César de Araújo nasceu em Santos-SP, em 07 e outubro de 1934. Pagão foi um atacante técnico, de toque de bola refinado, incrível facilidade para jogar em espaços curtos, mas era fisicamente frágil. Citado por seu sucessor, Coutinho, como um dos maiores de todos os tempos na posição. Jogou ao lado de Pelé e Pepe, formando um ataque demolidor no final dos anos 1950, conhecido como "ataque dos P's". Foi o primeiro grande parceiro do Rei.


A origem do apelido se deve ao fato de seu pai não tê-lo batizado nos primeiros dias de vida, como tradicionalmente ocorre, e sim quando o garoto já dava os primeiros chutes e participava de peladas com os garotos de mais idade nas ruas perto de sua casa.


Atuou na Portuguesa Santista, Santos – 345 jogos e 159 gols (campeão paulista em 1955/56/58/60/61 e 62, do Rio-São Paulo em 1959, da Taça Brasil em 1961/62, e da Taça Libertadores e Mundial Interclubes em 1962), e São Paulo, com 59 jogos e 14 gols marcados.


Vestiu a camisa do Brasil em apenas dois jogos oficiais, em 1957.


Após ficar internado durante quinze dias, faleceu em 04 de abril de 1991, em Santos, por falência múltipla de órgãos, aos 56 anos.

 

domingo, 24 de março de 2024

CRUYFF : UM GÊNIO DAS QUATRO LINHAS

 


Hendrik Johannes CRUYFF foi um dos maiores ídolos do Barcelona e ficou marcado pelo Carrossel Holandês da década de 1970, que mostrou ao mundo o conceito de “Futebol Total”. O ex-jogador defendendo o Ajax, da Holanda, ganhou a Bola de Ouro três vezes (1971, 1973 e 1974) e, em 1999, foi escolhido o jogador europeu do século pela Federação Internacional da História e Estatísticas do Futebol.


O futebol de Cruyff representava a modernidade do esporte, pois era muito rápido, extraordinariamente talentoso, com intuição, inteligente e versátil. Um jogador que deixou o seu nome marcado na história. É considerado por muitos especialistas o melhor jogador europeu de todos os tempos.


Ninguém mudou tanto a forma de jogar futebol como Cruyff, o homem que transformou a então modesta Holanda conhecida mundialmente. É difícil acreditar que o craque que corria por todas as partes do campo mal conseguia caminhar na infância. Até os dez anos de idade, Cruyff usava aparelhos ortopédicos devido a um defeito de formação nos pés. Pequeno e magro tinha dificuldades para correr. Quando a mãe viúva foi trabalhar no Ajax como faxineira, achou que o futebol ajudaria a desenvolver as pernas de seu filho e o colocou nas divisões de base do clube.


Pela seleção holandesa disputou 83 jogos e marcou 33 gols. Perdeu a Copa do Mundo de 1974, quando liderou a famosa Laranja Mecânica. Tinha como mania ou superstição, jogar com a camisa nº 14. A sua personalidade forte foi decisiva na hora de dizer não à sua participação na Copa do Mundo de 1978, na Argentina, em protesto contra o regime militar ali instalado.


Cruyff se aposentou como jogador em 1984 e foi técnico de Ajax e Barcelona. Morreu vitimado por um câncer no pulmão, doença que descobriu cinco meses antes de sua morte, ocorrida em 24 de março de 2016, em Barcelona, na Espanha, aos 68 anos.

 

sábado, 9 de março de 2024

ELY DO AMPARO: MAIS UM NOME DE DESTAQUE DO EXPRESSO DA VITÓRIA

 


Marcante jogador do Vasco da Gama nos tempos do “Expresso da Vitória”, Ely do Amparo nasceu na cidade de Paracambi-RJ, em 14 de maio de 1921. Começou no América e também jogou por Canto do Rio e Sport do Recife, onde foi campeão pernambucano em 1955. Zagueiro de físico privilegiado, muita raça, marcador duro e de forte personalidade em campo. Ely era a alavanca  que impulsionava o Expresso da Vitória. 


Seu futebol foi fator determinante nas conquistas dos campeonatos estaduais de 1945, 47, 49, 50 e 52, além do importante e histórico Sul-Americano de clubes em 1948, pelo Vasco. Atuou em 367 jogos e marcou 3 gols.


Convocado pelo técnico Flávio Costa para o mundial de 1950, Ely era o reserva imediato de Bauer. Depois do vice-campeonato mundial de 1950, Ely foi campeão Pan-Americano de 1952 e também disputou a Copa do Mundo de 1954, realizada na Suíça. Ao todo, foram 19 partidas defendendo o escrete nacional, sendo 16 oficiais.


Ely formou uma famosa linha média ao lado de Danilo Alvim e Jorge. Os três eram carinhosamente chamados pela torcida vascaína de Feijão, Arroz e Carne Seca. Faleceu no Rio de Janeiro, em 09 de março de 1991, aos 69 anos, após sofrer um infarto. 

 

MÁRIO TITO: UM DOS GRANDES NOMES DA HISTÓRIA DO BANGU

 


O zagueiro Mário Tito nasceu em Bom Jardim-RJ, em 06 de novembro de 1941. Foi revelado pelo próprio Bangu e teve sua primeira chance entre os profissionais em 1960. Em 1961, passou a ser titular do time por causa de uma fratura de Darci Faria. A partir deste triste episódio, Mário Tito não mais perdeu a vaga na zaga alvirrubra.


Passou a formar dupla com Joel, em 1961; com Ananias, em 1962; com Hélcio Jacaré, em 1963. Neste último ano, foi convocado pela única vez para a Seleção Brasileira, jogando o Campeonato Sul-Americano, na Bolívia. Atuou apenas uma vez com a “amarelinha”, perdendo para a Argentina por 3 a 0.


A partir de 1964, o clube revelou outro grande zagueiro: Luís Alberto e os dois formaram, talvez, a melhor dupla defensiva que o Bangu já teve. O Bangu, porém, não teve sorte, perdendo o título carioca em 1964 e 1965. O time foi à forra na final contra o Flamengo, em 1966, consagrando de vez o esguio Mário Tito como um dos melhores do país.


Mário continuou em Moça Bonita até o final da temporada de 1968. No início de 1969, com o clube passando por uma crise financeira, foi vendido para o Cruzeiro por 80 mil cruzeiros, numa transação precipitada, já que seu valor real custava, pelo menos, 400 mil cruzeiros.


Pelo Cruzeiro, não conseguiu se firmar como titular e fez apenas 62 jogos entre 1969 e 1971, e esquentou banco para Fontana. Em 1972, tentou voltar ao Bangu, mas fez apenas um jogo, substituindo Sidclei. Era o fim da carreira de Mário Tito com a camisa banguense.


Do Bangu foi para o Olaria, onde pendurou as chuteiras em 1975. Em 1983, foi contratado para auxiliar as categorias de base do alvirrubro, ficando em Moça Bonita até morrer em 09 de março de 1994, vítima de um câncer no pulmão, aos 53 anos. Atuou em 330 jogos e marcou 5 gols pelo Bangu.


Fonte: Bangunet